Coloproctologia
Clínica de Gastroenterologia em SP
A Proctologia é responsável por analisar e cuidar do intestino grosso, cólon, reto e ânus. É a especialidade correta para tratamentos como:
- Hemorroidas
- Constipação
- Síndrome do intestino irritável
- Diarreia crônica
- Câncer colorretal, etc.
Hemorroidas
Hemorroidas são veias ao redor do ânus ou do reto que se inflamam ou dilatam podendo ser externas ou internas. Quando externas, assemelham-se às varizes ou a pelotas de sangue e são visíveis na borda do ânus. Quando internas, localizamse acima do esfíncter anal e causam sintomas mais agudos. Durante o movimento intestinal, dilatam-se e retraem-se, geralmente voltando ao tamanho normal. No entanto, o esforço repetido para evacuar, seja por intestino preso (obstipação) ou fezes endurecidas, pode dificultar o processo de drenagem do sangue e provocar a formação de hemorroidas
Sintomas de hemorroidas:
- Coceira provocada por inchaço das veias o que aumenta a tensão sobre as terminações nervosas;
- Sangramento resultante do rompimento das veias anais (sinais de sangue aguado ou manchas de sangue perceptíveis na roupa íntima ou no papel higiênico);
- Dor ou ardor durante ou após a evacuação;
Causas de hemorroidas:
- Obstipação, vulgarmente conhecida como prisão de ventre;
- Obesidade: o excesso de peso também aumenta a pressão nas veias abdominais;
- Vida sedentária: diminui o estímulo para a digestão dos alimentos e a irrigação sanguínea do ânus;
- Componente genético: casos de hemorroidas na família podem indicar predisposição para desenvolver a doença. O inverso também é possível, isto é, desenvolvimento de hemorroidas sem que haja precedentes familiares;
- Dieta pobre em fibras e pequena ingestão de líquidos;
- Sexo anal: pode produzir fissuras numa região muito vascularizada.
O tratamento para as hemorroidas pode ser:
- Tópico ou local, com pomadas e supositórios;
- Cirúrgico (hemorroidectomia), isto é, retirada das veias doentes;
- Ligadura elástica: técnica que consiste no estrangulamento da veia afetada;
Síndrome do Intestino Irritável
Síndrome do cólon irritável é um distúrbio na motilidade intestinal não associado a alterações estruturais ou bioquímicas e que se caracteriza por episódios de desconforto abdominal, dor, diarreia e prisão de ventre (constipação) presentes pelo menos durante 12 semanas (consecutivas ou não).
Os sintomas principais são:
- Desconforto abdominal;
- Dor;
- Cólicas;
- Alternância entre períodos de diarreia e prisão de ventre;
- Flatulência exagerada;
- Sensação de esvaziamento incompleto do intestino.
Os sintomas podem piorar depois da ingestão de certos alimentos, como cafeína, álcool e comidas gordurosas (veja abaixo, nas perguntas frequentes, outros alimentos que devem ser evitados).
Causas da síndrome do intestino irritável
- Motilidade anormal do intestino delgado durante o jejum, contrações exageradas depois da ingestão de alimentos gordurosos ou em resposta ao estresse;
- Hipersensibilidade dos receptores nervosos da parede intestinal à falta de oxigênio, distensão, conteúdo fecal, infecção e às alterações psicológicas;
- Níveis elevados de neurotransmissores (como a serotonina, por exemplo) no sangue e no intestino grosso;
- Infecções e processos inflamatórios;
- Depressão e ansiedade.
Diagnóstico de síndrome do intestino irritável
O diagnóstico é baseado nos sintomas, na ausência de sinais relevantes verificados no exame físico e na visualização direta do intestino através da colonoscopia. Ele deve ser bastante cuidadoso, porque algumas doenças mais graves podem ser confundidas com a síndrome do cólon irritável.
Diarreia Crônica
Quadros de diarreia podem ocorrer em algum momento da vida, mas é importante identificar quando é necessário intervenção médica, principalmente quando se trata de crianças e idosos, que podem desidratar muito depressa. A Diarreia crônica pode durar mais de 2 semanas seguidas, mesmo que os casos de evacuações típicas de diarreia sejam pontuais durante esse período. Nesses casos, é necessário investigar a causa. As mais frequentes são intolerâncias alimentares (como à lactose ou ao glúten) e a síndrome do intestino irritável.
Causas de diarreia
Embora estejamos acostumados a relacionar diarreia à intoxicação alimentar (logo pensamos no que comemos antes do episódio, tentando identificar alguma comida diferente do habitual), há muitas causas possíveis:
- Infecções por bactérias como a Salmonella e a Shighella;
- Infecções virais;
- Disfunção da motilidade do tubo digestivo;
- Parasitas intestinais causadores de amebíase e giardíase;
- Efeitos colaterais de algumas drogas, por exemplo, antibióticos, altas doses de vitamina C e alguns medicamentos para o coração e câncer;
- Uso de antibióticos;
- Abuso de laxantes;
- Intolerância a derivados do leite pela dificuldade de digerir lactose (açúcar do leite);
Não se descuide e procure assistência médica imediatamente se:
- Se houver sinais de desidratação, como apatia, boca seca e choro sem lágrimas;
- Se houver presença de sangue nas fezes que adquirem coloração preta ou avermelhada;
- Se as fezes adquiriram aspecto volumoso e com traços evidentes de gordura indicativos de má absorção;
- Se os episódios de diarreia forem repetidos e, principalmente, se eles se alternarem com crises de prisão de ventre (sintomas sugestivos de tumores intestinais).
O que é câncer colorretal?
Também chamado de câncer de cólon e reto ou de câncer intestinal, o câncer colorretal é o que atinge as porções finais do intestino do paciente. O câncer colorretal é um dos tipos mais comuns de câncer. É o terceiro mais frequente entre os homens, logo após do câncer de próstata e de pulmão. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, atinge homens e mulheres de forma semelhante, sendo a incidência só um pouco maior na população masculina. Em geral, afeta as pessoas adultas, principalmente a partir dos 50 anos, e é muito raro em crianças. A doença pode ser diagnosticada e tratada por meio de diferentes procedimentos médicos, que variam de acordo com o tipo de câncer que o paciente possui e o estadiamento de sua condição.
Tipos de tumores colorretais
A maioria dos tumores colorretais são do tipo adenocarcinoma. Em 90% dos casos, esse tumor se origina a partir de um pólipo adenomatoso que, ao longo dos anos, sofre alterações progressivas em suas células. Portanto, a principal forma de prevenção do câncer colorretal é o seu rastreamento por exames como colonoscopias, visando a detecção e retirada dos pólipos antes de se degenerarem em câncer. Outros tipos de tumores colorretais são:
Tumores carcinoides: começam nas células do intestino que produzem hormônios específicos.
Tumores estromais gastrointestinais (GIST): têm início em células específicas na parede do intestino, conhecidas como intersticiais de Cajal, mas podem se espalhar para qualquer parte do trato digestivo, sendo raros no cólon.
Linfomas: afetam as células linfáticas, como é o caso dos linfonodos, mas também podem se iniciar no cólon, no reto ou em outros órgãos.
Sarcomas: começam nos vasos sanguíneos, no tecido muscular ou conjuntivo na parede do cólon e do reto. localizados no cólon ou no reto são raros.